Apresentação

As actividades práticas em Ciência facilitam o desenvolvimento cognitivo da criança, possibilitando um pensamento estruturado e a aquisição de raciocínio científico, que desmonte as concepções alternativas que se vão desenvolvendo. As orientações curriculares do Ensino Pré-escolar e os documentos das aprendizagens essenciais para o Estudo do Meio no 1.º Ciclo referem que se devem utilizar processos científicos simples na realização de actividades experimentais, de acordo com as vivências da criança e o espaço onde está inserida. As orientações do Ministério da Educação referem ainda que deve haver uma articulação vertical entre os vários ciclos de ensino, implementando actividades experimentais com complexidade crescente, adaptadas à evolução do nível cognitivo da criança.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico (grupo 110)

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico (grupo 110). Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico (grupo 110).

Objetivos

Esta acção tem como objectivos proporcionar aos educadores/as do pré-escolar e docentes do 1º Ciclo um conjunto de ferramentas que lhes permitam desenvolver actividades experimentais, na sala de aula e no campo, relacionadas com a Física, a Química, a Biologia e a Geologia. Pretende-se que os formandos: 1. - Adquiram competências a nível da implementação de actividades experimentais em sala de aula, adaptadas às orientações curriculares e às aprendizagens essenciais dos ciclos que leccionam; - Desenvolvam estratégias para implementar saídas com trabalho de campo, na zona envolvente dos alunos, relacionadas com as suas vivências, e articuladas com outros domínios do conhecimento, como a História, a Geografia, o Português; - Aumentem o conhecimento pedagógico relacionado com o uso de actividades experimentais; - Ganhem apreço pela utilização deste tipo de actividades de modo corrente no seu ensino.

Conteúdos

A Oficina envolve uma prática pedagógica e didáctica que implica a valorização de metodologias activas, a criação de materiais adequados às áreas curriculares específicas que os docentes leccionam, ao trabalho de natureza pedagógica e colaborativa e à articulação interdisciplinar. A realidade, tecnológica e competitiva, em mudança, exige que as crianças possuam conhecimentos e competências técnicas, competências de pensamento crítico e reflexivo, de criatividade, assim como, competências humanas e sociais. As Ciências Físico Naturais dão um forte contributo na preparação dos jovens para um mundo diferente do que actualmente conhecemos, desenvolvendo a compreensão de si próprios e do mundo que os rodeia, de entender a ciência como uma actividade humana que busca conhecimento e o aplica na resolução de problemas da vida e, no desenvolvimento das capacidades e atitudes que os leve a querer saber e a ter prazer na descoberta. O uso da metodologia experimental na resolução de problemas facilitará a compreensão do mundo, aplicando o método científico, estimulando a curiosidade, a cooperação, desenvolvendo a capacidade de observação, o raciocínio e o sentido crítico. A melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem constitui um desafio central e a valorização profissional dos docentes através da formação contínua deverá ser realizada tendo também em conta o saber-fazer prático. É desejo desta oficina contribuir para a formação de docentes e induzir a produção de materiais adequados às ciências físico-naturais do Pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico, preferencialmente com carácter prático nomeadamente de cariz laboratorial, experimental e de campo e interdisciplinar que, de algum modo, assegurem a transformação das práticas, acompanhadas por uma auto-reflexão. A oficina é constituída por diferentes módulos, com temáticas diversificadas mas em que, sob um dado tema, são sempre propostas actividades práticas interdisciplinares. A ideia é tornar a Ciência viva para as crianças, o que nestes níveis de ensino pressupõe tarefas adaptadas aos seus interesses.

Avaliação

A avaliação dos formandos decorre em conformidade com o Regime Jurídico da Formação Contínua, o nº 2 do Artigo 46º do ECD, aprovado pelo Decreto-Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro e a Carta Circular CCPFC – 3 – 2007 – Setembro. A avaliação dos formandos terá incidência nos seguintes Critérios/Parâmetros: - Participação/Contributos: Participação nas sessões (dinâmica da participação e qualidade das intervenções) e partilhas sobre o trabalho autónomo desenvolvido. (30%) - Trabalho final (em equipa): - Conceção, desenvolvimento e avaliação de um episódio de aula, tendo como referência as abordagens realizadas na ação (Qualidade dos materiais produzidos). (50%) - Produção de uma reflexão final, individual. (20%) A avaliação final, que terá em conta os referidos parâmetros/critérios de classificação, será traduzida numa classificação expressa na escala de 1 a 10 valores: insuficiente (1 a 4,9 valores), regular (5 a 6,4 valores), bom (6,5 a 7,9 valores), muito bom (8 a 8,9 valores) e excelente (9 a 10 valores).

Modelo

PASTA - Nº 27-2023 Separador 6

Bibliografia

Sá, J. ; Varela, P. (2004). Crianças Aprendem a Pensar Ciências: uma abordagem interdisciplinar. Porto: Porto Editora.Sá, J. ; Varela, P. (2007). Das ciências experimentais à literacia: uma proposta didáctica para o 1ºciclo. Porto: Porto Editora.https://www.dge.mec.pt/aprendizagens-essenciais-ensino-basico, consultado a 14/07/2022https://www.dge.mec.pt/orientacoes-curriculares-para-educacao-pre-escolar, consultado a 14/07/2022Equipa Inspectiva: (2022). Gestão do Currículo: Ensino Experimental das Ciências. Agrupamento de Escolas João da Rosa. Relatório IGEC.

Observações

16,23,30.01 6,13,27.02 6,13,18,20,25 .03 8. 05

Formador

Nuno Miguel de Barros Marques de Sousa Magalhães

Cristiana Maria do Carmo da Encarnação

Cronograma