EDUCAÇÃO PARA O CINEMA turma T1
Apresentação
Nas atividades desenvolvidas pelo IndieLisboa reconhecemos que os professores envolvidos nem sempre têm a motivação e/ou ferramentas para acompanhar na sua maior potencialidade os alunos nos programas de cinema. “Da mesma forma que reconhecemos a responsabilidade que a sociedade tem de ajudar as crianças a ler e escrever - para usar e desfrutar das palavras -, devemos dar como assente a importância de ajudar as crianças e os jovens a usar, desfrutar e compreender as imagens em movimento, para serem capacitadas, não apenas tecnicamente, mas também culturalmente.” (Film: 21st Century Literacy) - esta frase sintetiza bem a necessidade de construção de uma ponte sólida entre a escola e o cinema, que esta oficina tenta dar resposta.
Destinatários
PRIORIDADE A DOCENTES DO AGRUPAMENTO FRANCISCO FERNANDES LOPES - Educadores de Infância; Professores de todos os grupos de recrutamento;
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de PRIORIDADE A DOCENTES DO AGRUPAMENTO FRANCISCO FERNANDES LOPES - Educadores de Infância; Professores de todos os grupos de recrutamento;. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Objetivos
Qualificar para o futuro, pessoas que farão a mudança através da promoção das seguintes competências em crianças e jovens: 1) pensamento criativo, 2) resolução de problemas, 3) pensamento crítico e 4) comunicação, através da relação entre o cinema e o público escolar. 1) Desenvolver um ponto de vista, gerar novas formas de pensar e fazer, explorando e aprendendo com o erro. 2) Avaliar realisticamente os problemas, procurar alternativas, decidir e implementar soluções com recurso à criatividade e ao pensamento lógico; 3) Avaliar as situações de múltiplas perspetivas, dividir os problemas nas suas componentes e sistematizar o caminho para a resolução; 4) Expressar adequadamente opiniões, necessidades ou sentimentos em relação a filmes visionados.
Conteúdos
Módulo 1 (3 h) Apresentação O entusiasmo e a atenção aos filmes e à vida que há dentro deles. Forças e assuntos que nos despertam e urgem. Educação para a literacia audiovisual O uso do cinema como ferramenta pedagógica para diferentes áreas do conhecimento e a educação para a literacia audiovisual. • Cruzamento de experiências, dificuldades e vontades para o desenvolvimento daquela que é a primeira abordagem ao cinema: a do espectador. • Discussão dos elementos mais relevantes na programação de cinema para crianças e jovens, desde a escolha dos filmes, ao desenrolar da sessão em si, passando pela elaboração de materiais conexos e a dinamização de atividades a partir do(s) filme(s). Módulo 2 (3 h) Casos de estudo: escolher, pensar e sentir A partir de casos de estudo concretos, discutiremos quais os principais aspetos no processo de análise de um filme: antes, durante e depois de uma sessão de cinema. • Como trabalhar temas/ conceitos com os alunos, a partir do visionamento de um filme? • Qual é o papel da escola para a construção de um ponto de vista sobre o mundo que nos rodeia? • Como gerar um pensamento crítico a partir dos interstícios dos filmes? • Quais os critérios que precedem à escolha dos filmes para uma sessão de cinema e o labor criterioso de um programador? Módulo 3 (2 h) Elaboração de materiais pedagógicos Os desafios que existem na elaboração de materiais conexos a um filme ou a uma sessão com vários filmes. • Conjunto de práticas dentro e fora da aula. • Como conceber estratégias de aprendizagem e fazer a gestão dos recursos para períodos de diferente duração e públicos-alvo diversos? • Exemplos: folha de sala, pistas de atividades, cartaz, etc. Módulo 4 (2 h) Cruzamentos e balanço Como desenvolver uma rede de programação e partilha de conteúdos. • Usos, exemplos e boas práticas do filme de ficção, não-ficção e animação como ferramenta de conhecimento. • Cruzamentos entre professores, monitores, programadores, escolas, festivais, serviços educativos e as associações com projetos pedagógicos com e para o cinema. • Recursos para programar uma sessão na escola e na comunidade. • Como ultrapassar as dificuldades inerentes a esse processo? Módulo 5 (4 h) O desafio de programar O trabalho de um programador de cinema é tornar visível, ao conjunto restrito de indivíduos que assiste ao seu programa, o conjunto de filmes por ele selecionados. Exercícios de programação: • uma sessão com vários filmes; • uma oficina para crianças/ jovens a partir de um filme. Módulo 6 (4 h) O filme no seu íntimo O cinema é em si uma ferramenta poderosa de pensamento sobre o mundo. O trabalho dos professores será acima de tudo desenvolver, potenciar, alimentar um ponto de vista (apaixonado) e um sentido crítico. E ver o que sucede a esse entusiasmo. Exercícios criativos de análise e interpretação de um filme.
Metodologias
Serão utilizados métodos de aprendizagem ativa: dinâmicas de grupo; atividades para desenvolver nos contextos reais de trabalho; discussão em grupo, direcionada para identificar as necessidades dos participantes e sistematizar o caminho para a resolução dos problemas encontrados. 1. Apresentação e Educação para a Literacia Audiovisual Jogo de apresentação Dinâmica de grupo 2. Casos de Estudo: Escolher, Pensar e Sentir Visionamento de curtas-metragens Casos de estudo Trabalho em grupos 3. Elaboração de Materiais Pedagógicos Trabalho em grupo Apresentação: trabalhos de grupo Discussão: plenário 4. Cruzamentos e Balanço Casos de estudo Brainstorming Dinâmica de grupo: trabalho-projeto Balanço 5. O Desafio de Programar Trabalho de grupos Autoavaliação 6. O Filme no seu Íntimo Trabalho individual/ pares Autoavaliação Feedback e avaliação
Avaliação
Para efeitos de avaliação, será solicitado aos formandos a apresentação em portfólio dos trabalhos desenvolvidos no seu contexto escolar acompanhados de um relatório descritivo e justificativo dos mesmos. A avaliação dos formandos será feita de forma quantitativa, numa escala de 1 a 10 e tendo em conta o disposto na Circular CCPFC- 3/2007, bem como o constante do ECD, no que se refere ao sistema de avaliação e classificação de docentes.
Bibliografia
GRILO, João Mário (2008) – As Lições do Cinema – manual de filmologia. Lisboa: Edições Colibri. LOBO. Maria da Graça (2005) - Por dentro do filme – o cinema na sala de aula. Actas do III Sopcom, VI Lusocom e II Ibérico, vol. IV, pp. 353- 359. LOPES, João (2018) – Cinema e História – aventuras narrativas. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos. NEVES, Pedro Félix (2011) - O Cinema na Escola. Estudo de caso – a disciplina de opção cinema no 3º ciclo, no Algarve. Percurso e efeitos no tempo. Dissertação de Mestrado. FCHS – Universidade do Algarve. PINTO, M.; PEREIRA, S.; PEREIRA, L.; FERREIRA (2011) - Teoria da Educação para os Media em Portugal: experiências, actores e contextos. Lisboa: Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Anexo(s)
Observações
PASTA - Nº 19-2020 Separador 4
Formador
Maria Cláudia Ribeiro de Vasconcelos Alves
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 28-09-2020 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | presencial |
2 | 12-10-2020 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | presencial |
3 | 19-10-2020 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | presencial |
4 | 26-10-2020 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | presencial |
5 | 02-11-2020 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | presencial |
6 | 09-11-2020 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | presencial |